Por Diego Cardoso
Ao pensarmos a reforma íntima enquanto a educação de nossos impulsos mais primitivos, de nossos sentimentos, pensamentos e intencionalidades que desafiam a nossa boa convivência conosco mesmos e com todos a nossa volta, comumente, nos deparamos com a concepção de que para empreende-la, deveremos lutar arduamente em prol da anulação desses impulsos, da negação dos sentimentos e na eliminação das inclinações.
Tais ideias, quando não sensatamente exploradas, podem nos conduzir até mesmo a um conflito interior permanente, orientado quase que exclusivamente por atitudes de desamor, culpa e repressão para com o nosso próprio ser. Por outro lado, a incompreensão da necessidade da reforma íntima e sua urgência em nossa caminhada de crescimento através das vidas sucessivas pode nos levar à autoindulgência e consequente sofrimento, no presente e no futuro.
A reforma íntima não é ser contra o que estivemos a nos habituar a pensar, a sentir e a agir durante séculos e milênios, através de várias encarnações. Empreende-mo-a quando atingimos a percepção de que o que somos está além do que sentimos e pensamos, passando a observar e analisar cuidadosamente cada um desses fenômenos interiores.
Reformar-se intimamente é educar-se. A palavra educar possui suas raízes de duas palavras do Latim: educere e educare. A primeira significa promover, de dentro para fora, as nossas potencialidades e valores; A segunda possui em seu significado orientar, nutrir, decidir. Neste sentido, através da reforma íntima, buscamos nos tornar mais sensíveis à nossa experiência interior, encontrar-mo-nos com o que realmente somos, nos nutrir do autoconhecimento e, a partir da conscientização, orientar nossas potencialidades e nossos valores, decidindo os rumos de nossos percursos em acordo o nosso propósito singular.
Tal experiência vem tentando ser traduzida à humanidade. Os Yogues e sábios do Oriente tentaram traduzi-la através da prática da meditação e os filósofos e religiosos do Ocidente tentam-na traduzir a partir do autoconhecimento e conexão com o divino que há em nós.
Ambas as atitudes retomam o conceito do educar-se em sua raíz, que sinaliza a emersão de potencialidades e valores adormecidos em nosso ser - em nosso eu superior.
Minha experiência atuando com a Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica vem me revelando que existe em nós uma consciência de ordem superior, que nos solicita a compaixão, integração, autocuidado e encontro de nosso propósito singular nesta encarnação.
Diante dessa experiência de contato profundo com o que realmente somos, relembramos nossa conexão com algo maior, desbloqueamos o fluxo da vida e nos libertamos de nossas (auto) prisões, tornando-nos cocriadores de nosso destino nesta e nas próximas encarnações.
Diego Cardoso é Graduado em Psicologia e membro da Associação Brasileira de Psicoterapia Reencarnacionista (ABPR) Contato E-mail : diegocardososilvarj@gmail.com/
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